domingo, 3 de novembro de 2013

ORO


    
              Eu oro. Tem dia que oro, nem sei o porquê, mas oro e às vezes até choro.
   Oro para um ente desconhecido o qual, diante da natureza das coisas vistas pelos meus olhos e entendidas pelo meu cérebro, me fazem acreditar que Ele existe. Este ente já foi chamado por vários nomes: Sol; Rá; Zeus; etc... através dos tempos.
 Não o conheço pessoalmente, mas imagino o seu Poder; deve ser imensurável, descomunal e tão grandioso, que não se permite ser conhecido.
 Tudo bem. É a Ele que recorro nos momentos de aflição, dúvidas, desespero, quando as coisas em que acredito me parecem cruéis, injustas e desumanas, diante da realidade que me envolve.
Mesmo depois de vários médiuns e líderes espirituais declararem que o amor, a bondade e o perdão, são os principais atributos para uma convivência humana melhor.
Mesmo depois da Declaração dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU em 10 de Dezembro de 1948, ter estabelecido parâmetros de comportamentos e direitos entre humanos de todas as raças, continuamos inseguros, inquietos quanto aos nossos destinos e dos descendentes no mundo atual tão conturbado.
Por isto às vezes eu oro. As minhas orações tem mais “por quê?” do que “porque”. Muitas perguntas e poucas respostas.
À noite, diante dos milhares de estrelas e do Universo negro infinito, eu me calo.  Não fico satisfeito com as poucas respostas, mas respeito o silêncio das não respondidas.
O importante: tenho observado após minhas orações, sinto-me mais calmo, aliviado, às vezes até alegre e revigorado.
Por isto, às vezes, eu oro.

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