Este
fato aconteceu há mais de vinte oito anos. Às vezes vem às minhas lembranças,
incomodando-me pelo inexplicável do acontecido e a velocidade como ocorreu. Nunca vi semelhante caso novamente em
minha existência.
Jogavam
vários militares uma partida de voleibol na quadra do Clube Pandiá Calógeras em
Brasília, quando ao saltar para bloquear uma bola junto à rede, caiu a
dentadura do sargento Aral.
Muito
constrangido ele apanhou, colocou na boca, mas o jogo não teve sequência porque
do outro lado da rede, o tenente Dassa rolava de rir, fazendo gozações sobre o
acontecido.
Nisso
chegou o filho do tenente Dassa, vindo do dentista acompanhado da namorada, que
ali ficou observando as ironias do pai.
Recomeçado
o jogo, na primeira jogada de rede, uma cortada da bola na diagonal levou a
esfera a bater com violência no fundo da garrafa de refrigerante que o filho do
tenente Dassa levara a boca naquele momento para solver um gole da bebida.
O
impacto quebrou dois dentes frontais do rapaz e o sangue escorreu dos lábios. O
Dassa pálido, sem condições de balbuciar uma palavra, levou o filho
ensanguentado, de volta ao hospital.
O
jogo terminou; os comentários eram de perplexidade; algumas pessoas saíram
caladas com os pensamentos confusos em face do inusitado acontecimento.
Alguns
jogadores conversavam entre eles procurando saber quem dera a cortada
fatídica. Não fora o Aral, pois já havia
saído antes do jogo recomeçar.
Outros
calcularam o tempo entre a queda da dentadura e o lance que atingiu a boca do
rapaz; apenas dois minutos.
Que
foi isto? Vingança? Castigo?
Justiça Divina?
Não
sei explicar. Foi como se um relâmpago tivesse brilhado e um raio caído;
questão de segundos.
Sabemos
de muitas coisas; os conhecimentos acumulados pela humanidade são fantásticos,
mas ainda ocorrem coisas que não é permitido saber o porquê e como funcionam.
Este
poder oculto em suas manifestações contundentes e estranhas, obriga-nos a
repensar nossos comportamentos e atitudes alertando a todos que não estamos
sozinhos e absolutos no Planeta Terra.
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É isso amigo.... como dizia um sábio. Há muito mais coisa entre o céu e a Terra que imagina a nossa vã filosofia. Cada um de nós vai fazer a leitura, conforme seus saberes e conhecimentos acumulados ao longo da vida. Caso tenha crença religiosa, vai acrescentar o que traz da religiosidade. Nós que acreditamos em Deus, como um Pai de Amor e Misericórdia, veremos como uma advertência, que DEVEMOS FAZER AO OUTRO, AQUILO QUE GOSTARÍAMOS QUE FIZESSEM CONOSCO. Para termos paz de consciência.
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