Voava
tranquila uma borboleta sob os raios solares de uma manhã de primavera. De
repente o vento aumentou de intensidade. Naquele vendaval inesperado a frágil
borboleta azul subia, descia, ziguezagueava procurando um caminho melhor na
mata.
Estava difícil. Ao avistar a Dália
amarela resistindo bravamente ao vento ali pousou para se abrigar e descansar.
Não demorou muito a Dália desfaleceu, caiu no chão em pétalas. A borboleta
levantou voo em busca de outro local. As vezes deixava o vendaval leva-la, mas
sempre observando um local para se proteger. Era uma borboleta valente,
corajosa, enfrentava aquele momento difícil como se fosse um desafio a sua
capacidade de viver. Ela gosta de viver. Viajar entre flores, matas e jardins
até o tempo de sua vida esmorecer naturalmente.
Não seria aquele vendaval nem um ventinho
qualquer que a derrotaria. Lutaria, tentaria sempre ultrapassar os obstáculos
da sua trajetória de vida. Não se deixaria abater.
Conseguiu abrigo numa caverna. Após o
temporal que desabara, viu nascer novamente o Sol e sob os raios luminosos, alçou voo para outros lugares bailando sobre flores e folhas.
Uma frágil borboleta azul.
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