sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A BORBOLETA E O VENTO





      Voava tranquila uma borboleta sob os raios solares de uma manhã de primavera. De repente o vento aumentou de intensidade. Naquele vendaval inesperado a frágil borboleta azul subia, descia, ziguezagueava procurando um caminho melhor na mata.
      Estava difícil. Ao avistar a Dália amarela resistindo bravamente ao vento ali pousou para se abrigar e descansar. Não demorou muito a Dália desfaleceu, caiu no chão em pétalas. A borboleta levantou voo em busca de outro local. As vezes deixava o vendaval leva-la, mas sempre observando um local para se proteger. Era uma borboleta valente, corajosa, enfrentava aquele momento difícil como se fosse um desafio a sua capacidade de viver. Ela gosta de viver. Viajar entre flores, matas e jardins até o tempo de sua vida esmorecer naturalmente.
      Não seria aquele vendaval nem um ventinho qualquer que a derrotaria. Lutaria, tentaria sempre ultrapassar os obstáculos da sua trajetória de vida. Não se deixaria abater.
      Conseguiu abrigo numa caverna. Após o temporal que desabara, viu nascer novamente o Sol e sob os raios luminosos, alçou voo para outros lugares bailando sobre flores e folhas.

      Uma frágil borboleta azul.

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