quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

HISTORINHA DE NATAL

     



         


           Aos 76 anos, ando devagar e já tenho atributos próprios da idade, como diabetes, deficiência pulmonar de oxigênio, dores estranhas no corpo, enfim, a vida é assim.O importante é gostar de viver e se sentir feliz dentro das limitações que o momento impõe.
             
          Minha espôsa, mais nova, transformou-se numa ENSEC, enfermeira e secretária, cuidando de mim com zelo e carinho.
           
          Hoje ao ir a padaria ainda sonolento, apareceu à minha frente um Papai Noel, baixinho, com barba branca, roupa vermelha, capuz na cabeça, tênis e sem barriga. Só pode ser "genérico",pensei. Aproximou-se e perguntou:
           
              - Já comprou o presente da espôsa?
           
              -Não., Estou "duro", respondi.
           
              -Tome, leve esta sacola e dê a ela.

          Agadeci e vi o Papai Noel sumir numa nuvem arrastando um enorme saco de presentes. À noite, eu, espôsa e amigos ceamos com aquela alegria natural da confraternização de natal.
       
           Iniciada a troca de presentes, dei a ela a pequena sacola com o presente do Papai Noel.

           Ela abriu e se encantou com o lindo relógio dourado.Você não precisava gastar tanto comigo meu amor.
           
           - Não fui eu. Foi o Papai  Noel que encontrei no caminho da padaria.

            -Você pensa que eu ainda acredito em histórias para enganar crianças?

            -Bem! Se você acredita ou não; não faz mal. Mas que foi um Papai Noel meio barrigudo, nem tão alto nem tão baxinho, com barba quase branca. Foi.
           

Nenhum comentário:

Postar um comentário