Eu
vi. O Bem-Te-Vi que pousou no parapeito
da minha varanda do 2ºandar também viu o carteiro subindo a alameda, colocando
de casa em casa, as correspondências dos moradores.
Em algumas, era recebido por cães zangados, que ele tentava controlar conversando com o animal, fazendo afagos. Quando não conseguia se aproximar das caixas coletoras, gritava “correio” e sempre aparecia alguma pessoa para atendê-lo.
Da varanda da minha residência observava o trabalho andarilho daquele profissional, admirando à dedicação com que cumpria as suas tarefas, de casa em casa. Ao se aproximar da minha residência, fez um sinal negativo com a mão, dizendo por mímica, que não havia correspondência para mim.
Acenei
de volta, e o Bem-Te-Vi, voou para o espaço, acompanhado do olhar e do sorriso
do carteiro.
Pensei
comigo: este cidadão parece gostar do seu trabalho. Anda diariamente, o que é
muito bom para a saúde; conversa amistosamente com diversas pessoas no seu dia
a dia, o que é muito bom para afastar o estresse. Deve ser um profissional intimamente feliz,
porque sabe a importância do seu trabalho para a Sociedade.
As suas entregas podem significar tristezas, alegrias, esperanças, anseios e satisfações de centenas de pessoas que confiam em sua bonita tarefa de aproximação entre remetentes e destinatários, todos distantes uns dos outros.
Obrigado carteiro, por estar sempre presente anonimamente em nossas vidas.
Um feliz natal junto aos seus familiares, amigos, e colegas de trabalho. Um novo ano repleto de alegrias e saúde.
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