Decretei lei. Na minha casa todas as
coisas não utilizadas há mais de doze meses, serão reavaliadas, descartadas,
vendidas, doadas ou jogadas no lixo. Não foi uma decisão de rompante. Foi
pensada em função de experiência de vida adquirida ao passar dos anos.
Primeiramente aconteceu na chácara onde
residi por um bom tempo. Todos os objetos e coisas que filhos, parentes e
amigos não mais queriam em suas residências, eram levadas para a chácara para
desocupar lugar.
Construí até um barracão para
“arquivar” velocípedes, bicicletas, pneus usados, televisão, brinquedos,
livros, etc.
Certo dia olhando o barracão entulhado
conversei com os donos das tralhas e decidimos instalar no gramado uma
exposição de todas coisas, vendemos algumas, doamos outras e descartamos o
restante para o lixo.
Mudei-me para um apartamento na cidade levando
comigo móveis e algumas coisas de uso pessoal. Em pouco tempo, sem perceber,
minha nova residência transformou-se em um “arquivo morto”, repleto de tralhas,
trecos, bugigangas e quinquilharias guardadas em gavetas, estantes e armários,
algumas nem mais encontradas no mercado, substituídas que foram por outras mais
novas.
É costume de todos nós guardarmos por
muito tempo coisas que não mais utilizamos e que poderiam beneficiar outras
pessoas.
O Decreto já está em vigor. Todo fim de
ano faço uma revisão nas coisas guardadas e descarto as que não são mais úteis.
Com este procedimento minha residência rejuvenesce, fica mais espaçosa e aconchegante.
Coisas novas vem. Coisas velhas vão.
Coragem! Residência não é museu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário