segunda-feira, 29 de abril de 2013

UM DIA DE VERÃO

Acordei cedo como faço sempre no verão, fui caminhar na orla da praia onde fiquei me deliciando com o vento que soprava do mar.
O Sol, o Rei dos Astros, ao qual devemos as nossas condições de vida, estava forte; a temperatura mostrava um calor de quase quarenta graus. A praia já apinhada de famílias e jovens namorados não tinha mais lugar para a colocação de barracas e cadeiras na areia.
De repente apareceram no céu nuvens cinzentas que foram se juntando, ficando mais escuras, prenunciando uma virada no tempo. O vento aumentou a velocidade derrubando guarda-sóis.
 Não demorou muito, desabou um temporal que além de provocar um corre-corre das pessoas para se protegerem embaixo das marquises e dentro dos estabelecimentos comerciais da orla, também começou a inundar ruas, criando um congestionamento em toda a cidade de Cabo Frio.
Eu, já todo molhado me dirigi ao hotel onde estava hospedado; subi até o terraço acima do último andar, fiquei observando o caos provocado pela chuva, já então menos intensa.
Vi a tempestade diferente do que tinha sentido lá embaixo.
 A chuva lavou só de uma vez, todos os telhados das moradias da cidade, não restou um que não tivesse sido limpo das impurezas acumuladas em vários dias ou até meses.
Lavou todas as ruas, carregando na enxurrada toda sujeira encontrada, em direção aos bueiros e rios da região.
Lavou as folhas de todas as plantas da cidade e da região, tarefa impossível de ser feita pelo ser humano.
Revigorou os nutrientes da terra, fertilizando as raízes das plantas com seu poder restaurador e hidratante.
Desci para meu aposento, declamando pra mim mesmo: Bendita é a tempestade, molha tudo de uma só vez, lavando toda a cidade.

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